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sábado, 19 de novembro de 2011

FAT FAMILY OU SLIM FAMILY??? E agora?

Eles exterminaram juntos 177Kg
Eles não vão mudar o nome do grupo, que é Fat Family (traduzindo: Família Gorda), mas garantem que depois que três de seus integrantes eliminaram, juntos, 177 kg com a cirurgia de redução de estômago, todos estão mais saudáveis e felizes!

É difícil acreditar que três cantores do grupo musical Fat Family fossem parar na capa da Dieta Já. Mas a família de gordinhos afinou. É isso mesmo! Os irmãos Kátia, Suzete e Célio Cipriano resolveram se submeter à cirurgia de redução do estômago para ter uma vida mais saudável. "Despertamos para a necessidade de uma solução urgente para colocar um ponto final na obesidade da família depois que meu pai fez um transplante de coração. Pensamos: se ele, que é magro e foi professor de boxe, teve um problema desse, imagine nós que somos obesos e já sofremos com várias complicações de saúde", lembra Suzete.
A conversa que surgiu no sofá da sala ganhou força após um show em São Paulo, quando uma fã mostrou fotos de "antes e depois" de sua cirurgia da obesidade e indicou o especialista Altamino C. Ramos, da Clínica Gastro Obeso Center (SP). "O resultado era assustador, tanto que ela nem parecia a mesma pessoa. Procuramos informações sobre o profissional e resolvemos marcar a primeira consulta", conta Célio.
Para surpresa dos irmãos, o médico contou com detalhes todos os prós e contras da operação - como, por exemplo, o considerável risco de morte - e, pasmem, aconselhou que eles não a fizessem. "Porém, tínhamos consciência que apenas o bisturi resolveria nosso caso", admite Kátia.
Cirurgia em dose tripla!
Como trabalham juntos e este tipo de procedimento requer um pós-operatório, que nem sempre é rápido, o profissional sugeriu que os três fizessem a cirurgia no mesmo dia, um após o outro. "A idéia foi genial porque não poderíamos esperar muito para voltar aos palcos. E tem mais: somos unidos em tudo e decidimos dividir este momento delicado também", explica Suzete. A recuperação e o resultado da intervenção não poderiam ter sido melhores! Juntos eles conseguiram mandar embora 177 kg e ainda há mais para eliminar! "No primeiro ano a redução é mais intensa, mas até hoje estamos enxugando", fala Célio. Veja mais detalhes do emagrecimento de cada um!
Gordura a mil e saúde a zero!
Até a adolescência Celio era tido como o "magrinho" da família. "Na infância era o "menos gordo", até chamava a atenção no meio dos outros. Mas depois que comecei a engordar, não parei mais", conta. O pior é que ele só se deu conta que a situação estava bem grave, quando começaram a aparecer complicações de saúde. "Não tinha disposição para nada, vivia cansado, minha respiração era péssima, estava com apnéia, pressão alta e sérios problemas na coluna", informa.
Diante do péssimo quadro, ele tentou algumas dietas embalado pelas irmãs. O máximo que conseguiu foi acabar com 10 kg, pouco, para quem precisava perder mais de 50! Como sempre adorou cozinhar, Célio sentia enorme dificuldade em fazer regime e não comer as delícias que ele próprio fazia.
"Modéstia a parte, como todo gordo, cozinho muito bem. Só que eu não tinha limites e, ao invés de comer uma fatia de picanha, devorava quase um quilo", revela. Emagrecer sem uma mudança radical estava fora dos planos.
Mastigação do bem
Hoje, quase dois anos depois da operação e com 55 kg menos, Célio comemora a nova fase com saúde e disposição. "Fico me perguntando porque não fiz isto antes. A cirurgia não é só uma forma de perder peso, mas de aprender a comer corretamente, nas horas certas e na medida exata. Aprendi a curtir cada alimento e a comer saladas que antes passavam bem longe do meu prato. Hoje meu cardápio tem de tudo um pouco, mas manero na quantidade", diz.
Além de ter se tornado um homem saudável, Célio também comemora a redução de peso da sua mulher, do filho e até dos outros integrantes do Fat Family que ainda não passaram pelo procedimento. "Como eles evitam comer bobagens para eu não ficar com vontade, também emagreceram. Tive apoio o tempo inteiro! Costumo dizer que antes quem corria atrás do meu filho era o chinelo, hoje sou eu", brinca.
Adeus ao preconceito!
Assim como todo obeso, Suzete cresceu sendo ponto de referência para as pessoas e apelidada pelos colegas. "Do lado daquela gordinha ali" era o que ela já não agüentava mais ouvir. "A sociedade é preconceituosa e quem não está dentro dos padrões, sofre", diz. Até para arrumar namorado era difícil. "Os homens podem ate gostar de gordinhas, mas não assumem", conta.
Como sempre foi vaidosa e adorava comprar roupas, ela não suportava mais ser tão discriminada nas lojas. "Os vendedores já me abordavam perguntando se era para presente ou falavam que não tinha nenhuma peça que coubesse em mim. Ou, se fossem simpáticos, desciam as prateleiras e nada servia. Era um verdadeiro drama, mesmo depois do Fat Family fazer sucesso", recorda.
Pós-operatório complicado
Suzete sempre sofreu com o efeito sanfona - emagrecia 5 kg e engordava 10 - e vivia atrás de dietas para acabar com o sobrepeso. "Não tinha outra alternativa. A cirurgia foi o melhor que fiz", relata. Antes, ela não conseguia malhar. Hoje freqüenta a Academia Swin Fit (SP) e faz aulas de spinning, esteira, musculação e dança. "Tirei um enorme peso das costas..." brinca.
Não foi tudo um mar de rosas, porém. Suzete faz questão de frisar que a cirurgia é invasiva e exige um pós-operatório pesado (sem trocadilho). "É sofrido porque no primeiro dia você só bebe água, no segundo começa a alimentação líquida, depois evolui para caldo de sopa. Só após um mês pode comer purê de batata e outras papinhas até chegar ao alimento de verdade. É bem parecido com o de um bebê que está aprendendo a comer", lembra.
Dois meses neste árduo processo para depois voltar à rotina do dia-a-dia. "A única diferença é que agora trituro bem o que levo a boca antes de engolir. Também diminuo a quantidade e como em intervalos de duas horas. A capacidade do estômago é reduzida e não cabe quase nada", fala.


Alimentação exagerada!
"Sempre fui gordinha. Quando pequena minha mãe dava Biotônico Fontoura com ovo de pata e leite condensado para abrir o nosso apetite porque tinha aquela falsa crença de que criança sadia era rechonchuda. Olha só o resultado!", revela Kátia.
Ela admite que o excesso de peso foi devido ao fator genético e, é claro, aos hábitos alimentares. "Comia demais e por causa dos shows, ficava horas em jejum. Quando sentava à mesa, devorava tudo, mesmo que fosse meia-noite". Como eles moram todos juntos, a quantidade de comida na casa era imensa. "Se você visse o tamanho do panelão de arroz, saberia o porquê da obesidade mórbida da família", argumenta.
Ela é uma das poucas do grupo que canta e dança durante os shows, e de uns tempos pra cá, sua presença no palco estava bem limitada. "Tinha que escolher entre cantar ou dançar por causa do fôlego limitado", diz.
Gravidez complicadíssima As maiores dificuldades que Kátia enfrentou na vida, por conta do peso, foram as gestações. Ela teve diabetes gestacional e pressão alta nas duas vezes. Resultado? Em vez de engordar, era obrigada a emagrecer cerca de 15 kg a cada uma delas. "Fui acompanhada por um cardiologista o tempo todo e os dois partos foram de risco. Meu obstetra chegou a dizer, na primeira gravidez, que salvava minha filha, que nasceu de sete meses, ou eu. Mas graças a Deus, tudo correu bem", lembra. Os quilos perdidos durante cada gravidez voltavam com juros e correção... Desesperada e vendo os ponteiros da balança só subirem, ela tentava tudo. "Fiz a dieta do melão, da lua e até cheguei a ir para um Spa. O máximo que consegui foi eliminar 15 kg", explica.
Kátia garante que se não fosse a cirurgia, não teria conseguido torrar os 72 kg que fizeram grande diferença na sua vida pessoal e profissional. "Nem nos momentos mais difíceis, me arrependi porque o resultado é para sempre", finaliza.

POR RENATA MENEZES FOTOS: PRISCILA PRADE
Fonte: Revista Dieta já

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